Índio é nós: Mostra de documentários indígenas, de 25 a 29/06

23/06/2014

cartaz indio e nos

Em Índio é nós

Local: Matilha Cultural – Rua Rego Freitas, 542, República – São Paulo – Tel. 011 3256-2636

Programação

 25/06 – quarta-feira

20h às 22h

 Pemp

(1988, 27’. Direção: Vincent Carelli. Povo: Gavião-Parakatêjê)

A saga dos índios Parakatêjê/Gavião para manter sua identidade cultural e autonomia política frente aos megaprojetos de desenvolvimento implantados pelo governo federal, no sul do Pará. Os índios conquistaram sua independência econômica exigindo indenizações das estatais. Kokrenum, líder do grupo e um dos poucos depositários das tradições, luta incansavelmente para “segurar” este patrimônio cultural para as próximas gerações. Agora ele tem no vídeo seu melhor aliado para esta empreitada.

 A gente luta mas come fruta

(2006, 40’. Direção: Isaac Pinhanta e Wewito Piyãko. Povo: Ashaninka).

Os Ashaninka da aldeia Apiwtxa, no rio Amônia, estado do Acre, registram o trabalho de recuperação dos recursos de sua reserva e repovoamento de seus rios e matas com espécies nativas. Em paralelo, refletem sobre a luta contra os madeireiros que invadem seus territórios, na região de fronteira com o Peru.

 Shomõtsi

(2001, 42’. Direção: Isaac Pinhanta e Wewito Piyãko. Povo: Ashaninka).

Crônica do cotidiano de Shomõtsi, um Ashaninka da fronteira do Brasil com o Peru. Professor e um dos cineastas da aldeia, Wewito retrata seu tio turrão e divertido.

26/06 – quinta-feira

20h às 22h

 Xinã Bena/ Novos tempos

(2006, 52’. Direção: Zezinho Yube. Povo: Hunikuï/ Kaxinawá)

Dia-a-dia da aldeia Hunikui de São Joaquim, no rio Jordão, estado do Acre. Augustinho, pajé e patriarca da aldeia, sua mulher e seu sogro, relembram o cativeiro nos seringais e festejam os novos tempos. Agora, com uma terra demarcada, eles podem voltar a ensinar as suas tradições para seus filhos e netos.

 Kene Yuxi/ As voltas do Kene
(2010, 48’. Direção: Zezinho Yube. Povo: Hunikuï/Kaxinawá).

Ao tentar reverter o abandono das tradições de seu povo e seguindo as pesquisas de seu pai, o professor e escritor Joaquim Maná, Zezinho Yube corre atrás dos conhecimentos dos grafismos tradicionais das mulheres Hunikuï, auxiliado por sua mãe.

27/06 – sexta-feira

19h às 21h

Corumbiara

(2009, 117’. Direção: Vincent Carelli. Povos: Akuntsu e Kanoê)

Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios na Gleba Corumbiara (RO) e Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia e cai no esquecimento. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar os sobreviventes. Duas décadas depois, “Corumbiara” revela essa busca e a versão dos índios.

28/junho – sábado

19h às 20h30

Desterro guarani

(2011, 38’. Direção: Ariel Ortega, Ernesto de Carvalho, Patrícia Ferreira e Vincent Carelli. Povo: Mbya Guarani)

Ariel Ortega faz uma reflexão sobre o processo histórico do contato dos Mbya Guarani com os colonizadores e tenta entender como seu povo foi despossuído de suas terras.

Bicicletas de Nhanderu

(2010, 45’. Direção: Ariel Ortega e Patrícia Ferreira. Povo: Mbya Guarani)

Uma imersão no cotidiano e na espiritualidade dos Mbya Guarani da aldeia de Koenju, em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.
Após os filmes, haverá um bate-papo com a cineasta e pesquisadora Ilana Feldman, doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo.

29/06 – domingo
20h às 22h

 Eu já fui seu irmão

(1993, 32’. Direção: Vincent Carelli. Povo: Gavião-Parakatêjê e Krahô)

Documentário sobre o intercâmbio cultural entre os Parakatêje, do Pará e os Krahô do Tocantins, que embora falem a mesma língua, nunca haviam se encontrado antes. Kokrenum, líder dos Parakatêjê e preocupado com a descaracterização do seu povo, resolve conhecer uma aldeia Krahô que conserva muitas de suas tradições. Um ano depois, os Paraktêjê retribuem o convite. No final, os chefes selam um pacto de amizade entre os dois povos.

 De volta à terra boa

(2008. 21’. Direção: Vincent Carelli e Mari Corrêa. Povo: Panará)

Homens e mulheres Panará narram a trajetória de desterro e reencontro de seu povo com seu território original, desde o primeiro contato com o homem branco, em 1973, passando pelo exílio no Parque do Xingu até a luta e reconquista da posse de suas terras.

 Boca livre no Sararé

(1992, 27’. Direção: Vincent Carelli. Povo: Nambiquara)

Em 1991, mais de seis mil garimpeiros invadem a reserva dos índios Nambiquara do Sararé. Ao mesmo tempo, madeireiras saqueiam suas matas ricas em mogno, madeira em extinção na Amazônia. Pressionando o Banco Mundial, com o qual o governo de Mato Grosso negocia um empréstimo, consegue-se a retirada dos invasores. Mas o roubo de madeira prossegue e a volta dos garimpeiros pode ocorrer a qualquer momento.

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