A partir de hoje, 30 de julho, os interessados já podem solicitar a inscrição para participação no I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta”.
Para solicitar a inscrição basta enviar um e-mail com os seguintes dados: nome completo, endereço, instituição, telefone residencial e celular para raizesdeafricas@gmail.com ou promaceio@paulinas.com.br,com. Cada inscrição será confirmada pela organização do I Ciclo. A certificação do encontro é de 30 horas e as vagas são limitadas.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefones: 8815-5794/8882-2033/88159637.
O I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta” que acontece no período de 24 a 26 de agosto, é movimento concentrado de esforços individuais e coletivos para o enfrentamento do racismo estrutural e suas conseqüências sociais e traz como principio o estabelecimento de canais de comunicação entre a população e as instituições locais, incentivando o sentimento de pertencimento étnico e social e nasce de uma interlocução entre o movimento social negro/Projeto Raízes de Áfricas e diversas instituições, dentre elas, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Ministério de Educação/SECAD, Secretária Especial de Educação/MEC, Ministério da Igualdade Racial, Caixa Econômica Federal, Polícia Civil do Estado de Alagoas, Livrarias Paulinas, BRASKEM, Faculdade Integrada Tiradentes, , Instituto Federal de Alagoas, Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Secretaria Municipal de Educação, CESMAC, Secretaria da Mulher , Cidadania e Direitos Humanos, Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, dentre outras, e tem como objetivo construir e consolidar movimentos permanentes para a promoção da abolição de idéias, conceitos, preconceitos que interferem na construção do ideário sócio-étnico.
Como também aproximar a sociedade do ideário acadêmico e a academia das conversas negra/sociais e de pesquisas que exploram de forma positiva a etnicidade negra.
Tendo como um dos alicerces a transversalidade da Lei Federal nº10.639/03, que criou a obrigatoriedade do estudo da África e dos afro-descendentes no currículo escolar,em Alagoas com a especificidade da Lei Estadual nº 6.814/07, o I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta”, será aberto a diversas artes que dialoguem sobre pertencimento identitário e nossas histórias afirmativas.
Construir Conversas Negras é criar possibilidades de reflexão e o redimensionamento da questão estrutural do racismo, não só nos currículos das escolas alagoanas, mas em todos os espaços formativos na busca de criar um processo de diálogo social que contemple e problematize temas relacionados com a descriminação e desigualdades raciais.
E, sobretudo discutir o racismo como violência de caráter endêmico, implantada em um sistema de relações assimétricas, fruto da continuidade de uma longa tradição de práticas institucionalizadas.
O (Black Agost) Agosto Negro
O (Black Agost) Agosto Negro surgiu na década de 70 na Califórnia, nos Estados Unidos, caracterizando-se como um mês de grande significado para a cultura negra por ser uma data de resistência contra à repressão e de esforços individuais e coletivos contra o racismo.
Na época, o movimento foi comandado pelo grupo americano Black/New Afrikan Liberation Moviment e nasceu a partir de ações de homens e mulheres que lutaram contra as injustiças sobre os afro descendentes.
A repercussão positiva do movimento negro norte-americano originou adaptações do Black Agost à realidade local de outros países – como Cuba, Jamaica, África do Sul, França e Rússia – que enfrentam a discriminação e desigualdade racial.