Seminário discute mudanças climáticas

20/04/2012

SEMINÁRIO DISCUTE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

COIAB e parceiros discutem mudanças climáticas

sob o olhar dos povos indígenas

Descrição: C:UsersCOMUNICAÇAODesktopMUDANÇAS CLIMATICAS - Cópia.JPGAs mudanças clim� �ticas que vive o planeta estão causando significativas transformações no cotidiano Amaz�?nico, em especial, para os povos indígenas que, mesmo não sendo os responsáveis pelo caos na saúde planetária, são os principais elementos para ajudar a combater o aquecimento global e os males que castigam nossa Terra.

Nas ultimas décadas, o movimento indígena organizado tem travado uma batalha para se fazer presente e com voz ativa nas discussões no cenário nacional e internacional sobre mudanças climáticas. Essa insistência é motivada pelos efeitos que essas mudanças  trazem às nossas comunidades. Como um ciclo natural, nós que dependemos da Terra, adoecemos quando ela está doente.

A COIAB ajuda a erguer essa bandeira de luta em defesa do meio ambiente, destacando a valorosa contribuição dos povos indígenas que milenarmente ensinam a humanidade como conviver de forma harmoniosa com a natureza. “Somos parte da floresta. E ela é um inteiro de nós. Mata essa que pulsa em nosso sangue, em nossos rituais e mantém viva a nossa cultura”, afirma a vice-coordenadora da COIAB, Sonia Guajajara.

Com o objetivo de se traçar um Plano Indígena de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, a COIAB, em parceria com o Conselho Indígena de Roraima – CIR e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz�?nia – IPAM, realizam um grande seminário em Boa Vista, de 24 a 26 de Abril, no Centro Regional Lago do Caracaranã, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Descrição: C:UsersCOMUNICAÇAODesktopMUDANÇAS CLIMATICAS2 - Cópia.JPG

O Seminário abordará as questões de mudanças climáticas elencadas em quatro áreas temáticas que serão discutidas durante as atividades:

1) Climático: percepções e projeções sobre impactos direta ou

indiretamente relacionados às mudanças climáticas no meio ambiente, como alterações nos regimes hídricos e climáticos, ciclos reprodutivos de plantas e animais, oferta de caça e pesca, entre outros;

2) antrópico: percepções e projeções sobre impactos direta ou

indiretamente relacionados à ação do homem no meio ambiente e

espaços tradicionais, como a construção de estradas e barragens,

povoamento e extração de recursos naturais (minérios, madeira, caça, etc.), entre outros;

3) político: percepções e projeções sobre impactos direta ou

indiretamente relacionados às políticas públicas que tocam os povos

indígenas, seus interesses e modos de vida tradicionais a exemplo da

regulamentação da Convenção 169 da OIT no que tange o direito à

consulta livre, prévia e informada, propostas de emenda constitucional para modificação nos procedimentos de demarcação territorial, PAC, entre outros;

4) econ�?mico: percepções e projeções sobre impactos direta ou

indiretamente relacionados à sustentabilidade econ�?mica, tradicional ou não, dos povos indígenas em função das mudanças climáticas como a escassez de recursos naturais utilizados em processos de troca com outros povos e a sociedade nacional (artesanato, alimentos, etc.), além de impactos financeiros decorrentes de políticas derivadas das mudanças climáticas a exemplo de REDD+.

O seminário contará com a participação de 45 lideranças indígenas da Amaz�?nia, inclusive ex-alunos do CAFI – Centro Amaz�?nico de Formação Indígena, que participaram do curso de de Gestão Etno Ambiental.

Este é o primeiro de três seminários previstos para a Amaz�?nia. Após a sistematização dos resultados, será apresentado pelo IPAM uma publicação da COIAB para apresentar o produto desse diálogo na COP-18 que acontece no final do ano em Bangladesh. A proposta também será apresentada durante a o Acampamento Terra Livrem, na Rio+20, para a contribuição das demais lideranças indígenas.

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