Reforma Agrária é tema de audiência pública na Assembléia Legislativa de MG

29/06/2011

A Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza, nesta quarta-feira (29/6/11), audiência pública para discutir os 27 anos de criação do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e, também, outras questões relativas à reforma agrária em Minas Gerais. A reunião, requerida pelo deputado Rogério Correia (PT), será realizada no Auditório da Assembleia, às 19 horas.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi criado formalmente no primeiro Encontro Nacional dos Trabalhadores Sem Terra, em 1984, e nasceu da articulação das lutas pela posse de terras, ao final da década de 70. O MST está presente em 22 estados e, segundo seus organizadores, tem por objetivo lutar pela reforma agrária e pela construção de uma sociedade mais justa, "sem explorados nem exploradores".

Reforma Agrária – Entende-se por reforma agrária a redistribuição das propriedades rurais para realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas.

A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas pode-se destacar: a resistência dos grandes proprietários rurais no processo de desapropiação; dificuldades jurídicas; e o elevado custo da manutenção das famílias assentadas, já que essas famílias necessitam de financiamento com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas.

Convidados – dirigente do Partido Comunista Cubano e médica pediatra, Aleida Guevara; diretor nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile; diretora nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST em Minas Gerais), Marili Zacarias Pinheiro; coordenador de Políticas Sociais da Diocese de Belo Horizonte e diretor Nacional da Consulta Popular, Frederico Santana; coordenador nacional da Via Campesina, Joceli Andrioli.

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