Programação do Espaço do Conhecimento UFMG – Cinema Afro-brasileiro

23/09/2013

Programação do Espaço do Conhecimento UFMG – Cinema Afro-Brasileiro
Temporada de eventos promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus tem como tema a cultura afro-brasileira
Com o tema “Museus, Memória e Cultura Afro-brasileira”, a 7ª edição daPrimavera dos Museus suscita reflexões sobre a contribuição da cultura africana na formação do país, ao mesmo tempo em que traz à tona discussões acerca do papel e o lugar ocupados pelos afrodescendentes em nossa sociedade. Entre os dias 24 e 28 de setembro, o Espaço do Conhecimento UFMG apresenta programação gratuita sobre o tema, que inclui um debate e sessões de filmes comentados que abordam a questão da diáspora negra e ressaltam aspectos da cultura e do cotidiano dosafrodescendentes no Brasil.
 
Programação
Filmes
 
24/9 – Carolina – 14h
Comentadora: Iris Amâncio (UFF e Nandyala Editora)
Direção: Jeferson De / Ano: 2003 / Duração: 15 min / Gênero: Documentário
Sinopse:
No curta “Carolina”, lançado em 2003, o cineasta Jeferson De roteiriza algumas passagens do best-seller “Quarto de Despejo”, da escritora Carolina Maria de Jesus. O filme se passa em um quarto onde Carolina (interpretada por Zezé Motta) mora com a filha, Vera Eunice. Cercada por uma realidade de miséria, desespero e preconceito, ela desabafa e extravasa suas angústias por meio das palavras, criando uma envolvente atmosfera teatral recheada por imagens históricas da própria Carolina e de longos períodos de silêncio.
 
25/9 – Lamparina, Bantus nas Minas Gerais – 16h
Comentador: Ramon Lopes – Mestre Negoativo (Porto de Minas Capoeira, Berimbrown; Valores de Minas)
Direção: Ramon Lopes – Mestre Negoativo / Ano: 2013 / Duração: 64 min / Gênero: Documentário
Sinopse:
O documentário aborda Minas Gerais e sua cultura Bantu, a história e a realidade do povo quilombola da região de Diamantina/MG, São João da Chapada, Quartel de Indaiá, Maquemba, Bangua e Macaquinho.
A luta pela sobrevivência sem o garimpo, seus costumes e tradições como o Chula, Folia de Reis e ainda um raro vocabulário em extinção da língua do Banguê, os vissungos com seus rituais e fundamentos de “multa e rede” (ritual de enterro).
 
26/9 – A negação do Brasil – o negro nas telenovelas – 16h
Comentadora: Luciana Oliveira (UFMG)
Direção: Joel Zito Araújo / Ano: 2000 / Duração: 90 min /Gênero: Documentário
Sinopse:
O premiado documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído a atores e atrizes negras, que sempre representam personagens estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva de pessoas negras nas imagens televisivas do país.
 
27/9 – Atlântico Negro: nas rotas dos Orixás – 14h
Comentador: Erisvaldo Pereira dos Santos (UFOP)
Direção: Renato Barbieri / Ano: 1998 / Duração: 54 min / Gênero: Documentário
Sinopse:
O documentário faz uma viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da cultura brasileira. Historiadores, antropólogos e sacerdotes africanos e brasileiros relatam fatos históricos e dados surpreendentes sobre inúmeras afinidades culturais que unem os dois lados do Atlântico. Filmado no Benim, no Maranhão e na Bahia. Falado em português, francês, fon e iorubá. Recebeu vários prêmios como melhor documentário sobre a relação Brasil x África.
 
Debate
28/09 Café controverso – 11h
“A África na cultura brasileira”.
Convidados:
Leda Maria Martins – Faculdade de Letras UFMG
Junia Furtado – Departamento de História/ Professora titular de História Moderna (UFMG).
A forte influência africana é refletida em vários aspectos da vida cotidiana brasileira como nosso idioma, religiosidade, folclore, literatura e outras manifestações diversas. O debate traz à tona a importância dos povos africanos na formação da identidade brasileira, bem como os desafios enfrentados para o reconhecimento dessas contribuições.
 
CURADORIA: Vanicléia Silva Santos (UFMG)
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