Polícia Federal combate retenção ilegal de cartões de benefício social de indígenas

24/06/2020

Polícia Federal

Fonte:http://www.pf.gov.br/imprensa/noticias/2020/06-noticias-de-junho-de-2020/pf-combate-retencao-ilegal-de-cartoes-de-beneficio-social-de-indigenas
Operação Desengate prende autor de graves ameaças e violência contra indígenas

Governador Valadares/MG – A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 24/6, a Operação Policial DESENGATE, com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais, para combater a prática ilegal de retenção de cartões de benefícios sociais de indígenas da etnia Maxakalis e prender autor de graves ameaças e violência contra aquele povo indígena.

A PF representou por nove mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal de Teófilo Otoni/MG. A ordem de prisão e seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Santa Helena de Minas, enquanto as duas restantes de busca e apreensão foram cumpridas em Bertópolis/MG e Ladainha/MG.

Durante as investigações, que começaram em janeiro deste ano, a PF identificou um homem com histórico de crimes na região da cidade mineira de Santa Helena de Minas. Ele seria um dos principais responsáveis pela retenção de cartões de benefícios sociais de indígenas, além de haver indícios de que ele teria torturado uma vítima que cancelou um dos cartões retidos, para tentar se livrar da retenção indevida. Também são investigados um vereador, um funcionário terceirizado da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e quatro comerciantes supermercadistas, suspeitos de retenção ilegal de cartões. A finalidade da retenção é a obtenção de vantagens indevidas em prejuízo dos indígenas, mediante cobrança de valores exorbitantes por produtos fornecidos, além de monopólio sobre os valores que se tornavam inacessíveis a seus titulares.

Os envolvidos responderão por estelionato, extorsão e associação criminosa, podendo cumprir até 24 anos e meio de reclusão, se forem condenados. Além desses crimes, o homem que foi preso ainda responderá por tortura, que pode ensejar reclusão de até mais oito anos, em caso de condenação.

Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando para a manutenção da lei e da ordem, preservando o estado democrático de direito.

Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais
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