A comunidade quilombola de Macuco localiza-se no município de Minas Novas, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. É também conhecida como Quebra-Bateia.

 

A comunidade existe desde o final do século XIX, segundo a memória de alguns moradores mais antigos.

Segundo a moradora Maria, de 85 anos, antigamente existiam muitas benzedeiras e raizeiras. Hoje a comunidade ainda colhe algumas ervas, raízes e frutos para curar as enfermidades.

Várias senhoras de Macuco produzem artesanato feito de palha. A comunidade é conhecida como Macuco porque existiam muitos macucos na região. Em 2006, foi reconhecida como quilombola pela Fundação Cultural Palmares. Nesse mesmo ano foi dada entrada do pedido de titulação de suas terras no Incra.

 

Atualmente, 37 famílias vivem na comunidade. Há um poço artesiano, mas não há energia elétrica, água tratada ou rede de esgoto. Há uma escola que atende até a 4a série do ensino fundamental. Não há posto de saúde; e a incidência de doença de Chagas é bastante elevada. A comunidade tem uma associação de moradores, presidida por Maria Evanete. Muitas casas são de pau-a-pique e bastante espaçadas umas das outras.

 

A economia gira em torno de atividades rurais de plantio, como o milho, o feijão e a cana. Segundo o morador José, antigamente plantava-se muito arroz, mas hoje já não se produz como antes.

Grande parte de seus moradores migram para o trabalho na colheita de café e no corte de cana-de-açúcar em São Paulo e no Paraná, pois as possibilidades de trabalho na comunidade são mínimas.

 

Na comunidade existe uma guarda de congo, com 72 componentes, e alguns deles produzem as caixas para o batuque.

A guarda sempre se apresenta na festa de Nossa Senhora do Rosário, que acontece em Minas Novas. Existem também muitos evangélicos na comunidade.

 

Fonte: CEDEFES