II Encontro da Agrobiodiversidade do Semiárido Mineiro

25/09/2015

Por Fabiano C. César

Em um contexto de fortes mudanças climáticas, que afetam diretamente a vida no campo e na cidade, principalmente problemas hídricos, acontece o II Encontro da Agrobiodiversidade do Semiárido Mineiro. O encontro tem como objetivo fortalecer o diálogo entre agricultores (as), técnicos, pesquisadores e gestores públicos – MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário e SEDA – Secretária de Desenvolvimento Agrário – por meio do intercâmbio de experiências sobre uso e manejo da Agrobiodiversidade nos diversos contextos territoriais. O encontro propõe, ainda, debater estratégias e ações para atenuar os impactos das mudanças climáticas e, também, dos grandes projetos implantados na região. 

Sendo esta a sua segunda edição, o Encontro de Agrobiodiversidade do Semiárido Mineiro vai ser realizado na cidade de Araçuaí-Vale do Jequitinhonha, entre os dias 01 e 03 de outubro. A ideia é reunir o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha para avaliar e monitorar os avanços do Plano de Ação Estratégica para Conservação da Agrobiodiversidade. Essa será segunda vez que essas regiões se encontram no âmbito da Articulação do Semiárido Mineiro – ASA Minas e da Rede de Agrobiodiversidade do Semiárido Mineiro.

Na programação do encontro está prevista a realização, no dia 01 de outubro, de caravanas agroecológicas com participantes do evento que intencionam dar visibilidade e fortalecer as iniciativas agroecológicas, além de colocar em diálogo agricultores(as) promovendo uma troca de experiências de resistência que lograram êxito. A caravana passará em várias cidades do  Vale do Jequitinhonha e seguirá para Araçuaí.

O Encontro é um momento fundamental para apontar caminhos de desenvolvimento que pautem a perspectiva da convivência com os ecossistemas e do diálogo com os povos e comunidades tradicionais do semiárido mineiro. Elisangela Aquino, agricultora do Assentamento Tapera, em Riacho dos Machados, lembrou que os encontros “fortalecem os processos, é uma fonte de energia para quem acredita que a agroecologia é permanente. Nós, que somos agricultores, que defendemos nossas sementes, entendemos também como um momento político de afirmação e defesa de um modo de produção agroecológico.”

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