Zema diz que vai enviar projeto de venda da Cemig à Assembleia

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou a Polícia Militar para despejar nesta quarta-feira (12) cerca de 450 famílias de um acampamento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Campo do Meio, município do Sul do estado, em meio à pandemia da Covid-19. A informação é da revista Fórum.

O acampamento Quilombo Campo Grande foi instalado há mais de 20 anos na terra da Usina Ariadnópolis, da Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia) que faliu em 1990. A área abandonada de 4 mil hectares ficou degradada por conta do monocultivo de cana-de-açúcar. O MST decidiu ocupar e plantar café, milho e hortaliças, além de criar galinhas.

O acampamento também contava com a presença de funcionários que ficaram sem indenização após a falência da empresa, acrescenta a reportagem.

Na véspera da ação de despejo, o Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh), a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, entre outras instituições enviaram uma solicitação ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, Gilson Soares Lemes, para impedir a ação.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) declarou que o despejo é uma ação de “covardia de Zema em Campo do Meio em plena pandemia. Aparato policial de repressão para despejar trabalhadores. Famílias na área há 20 anos. Propriedade de Usina falida que tudo abandonou e ocupações construíram e produzem no Quilombo Campo Grande. Apesar do alerta da Comissão de Direitos Humanos a Justiça manteve e lá vai a polícia cumprir ordem dos ricaços e exploradores”.

 

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