Congonhas do Norte

23/03/2010

 

CONGONHAS DO NORTE
 
Área: 375 Km2
Temperatura Média Anual: 22 C
Distância da Capital: 301 Km
Rodovias que servem ao Município:
BR040, BR 135 e BR 259
População: urbana 1.478 hab. – rural 3.345 hab.
Atividades Econômicas: agricultura e pecuária
 
Breve História
 
Inicialmente ponto de apoio e reabastecimento dos aventureiros em busca de pedras preciosas, Congonhas do Norte surgiu como povoado junto ao Serro. Em suas terras e rios, assim como em todo o distrito diamantino, ao arrepio da ação fiscal e repressiva da Coroa portuguesa, estabeleceram-se rebeldes e transgressores.
A historiadora Laura de Mello e Souza afirma que ciganos bandidos e garimpeiros constituíram os três principais grupos sociais infratores da sociedade colonial mineira, agregando-se os quilombolas – escravos fugidos, que por motivos diversos, encontraram solidariedade, e os capangueiros (comerciante de capanga), que comprava do garimpeiro o produto de suas faisqueiras e o protegia, avisando-lhes quando as tropas dos dragões saiam em batidas aos quilombos e garimpos. Vem talvez desta proteção o chamar-se capanga ao guarda costas.
O grupo de garimpeiros foi um dos mais solidários de que se teve notícia no período colonial. Tornou-se particularmente intenso na demarcação diamantina; eles existiram em vários pontos da Capitania, para onde muitos fugiram dando origem a novos descobertos. Alguns haviam sido expulsos do distrito, outros se viram impedidos de faiscar devido às leis restritivas que se fizeram a esse respeito. Não se confundiam com o bandido, apresentando uma espécie de código próprio de conduta, pautado na lealdade; limitavam-se a trabalhar em terras vedadas, e esse muitas vezes era seu único crime.
Assim, às margens do ribeirão Congonhas, nome dado devido à grande quantidade de planta medicinal existente, chamada congonha, cresceu o povoado, sendo incorporado ao município de Conceição do Mato Dentro, onde permaneceu até a sua emancipação em 1962.
 
BIBLIOGRAFIA
 
SOUZA, Laura de Mello. Desclassificados do Ouro.
Rio de Janeiro: Graal, 1982.
Fonte: www.asminasgerais.com.br em 20/10/03
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