10/10/2014
O Grito dos Excluídos Continental acontece no próximo domingo, 12 de outubro, em 15 países da América Latina e Caribe, desde 1999 até hoje. Neste ano, haverá a 16º Jornada de Mobilização Continental com alguns reportes dos países sobre as ações previstas para essas datas, em que todos os gritos se juntam em uma só voz de resistência, luta e memória histórica, para seguir transformando o mundo em um lugar digno, justo, saudável e amoroso, com trabalho, justiça e vida para todas e todos. A organização do Grito Continental uma vez mais convida todos e todas a somarem-se às mobilizações, “a fazer sentir sua voz, por pequena que pareça, a esse clamor que nasce do coração de nossos povos e de nossas lutas”.
Na República Dominicana, está prevista a realização da Segunda Jornada de Visibilização do ‘Cimarronaje’, entre os dias 10, 11 e 12 de outubro. Essa Jornada consiste na realização de diversas atividades correlacionadas. No caso do Brasil, onde o Grito dos Excluídos se realiza no dia 07 de setembro, neste ano, haverá também atividades dentro da Jornada Continental. Assim, no domingo, 19 de outubro, a concentração do Grito Continental será na Praça Kantuta, em São Paulo, sob o lema “Todos os direitos para todos os/as migrantes”.
Haverá uma apresentação de danças folclóricas de países como Paraguai, Bolívia e Equador, bem como um ato político para exigir uma nova lei de migração, pelo direito ao voto, à saúde e educação com qualidade das pessoas migrantes que residem no Brasil, e ainda manifestar-se contra a precarização, a discriminação e a xenofobia vivenciada constantemente no país.
Na Guatemala, na comunidade de San Martín Jilotepeque, será realizado a distribuição de um manifesto sobre um tema de análise e reflexão no contexto do dia 12 de outubro; o manifesto será assinado pelo Grito e as organizações sociais da Guatemala. Ademais, será realizado um programa de rádio na emissora local promovendo a análise e reflexão de temas de interesse da comunidade do Grito Continental e seu significado. Recordemos que, na Guatemala, o Grito vem fazendo uma luta forte em defesa das terras indígenas, em especial em Chuarrancho, assim como com questões relacionadas ao desenvolvimento das comunidades indígenas no país.
O documento destaca causas comuns e campanhas de solidariedade, como, por exemplo, a luta em favor da liberdade dos cinco antiterroristas cubanos e em favor da libertação definitiva de Oscar López Rivera, independentista portorriquenho preso há 33 anos por defender a independência de seu país dos Estados Unidos. “Solidarizamo-nos com a luta do povo palestino e com a luta por liberdade dos povos árabes em geral; nos solidarizamos com as lutas e protestos na Europa e nos Estados Unidos contra o sistema financeiro que espolia e desemprega milhões de trabalhadores e aposentados nos últimos anos; nos solidarizamos com as marchas e protestos globais em favor de decisões e soluções enérgicas para colocar um fim às consequências da mudança climática, gerada por um modelo depredatório de produção e consumo, que se mostra completamente um fracasso para gerar bem estar humano e equilíbrio com a vida”.