Manuela Carneiro da Cunha na UFMG

15/03/2011

Manuela Carneiro da Cunha na UFMG
CátedraIEAT Fundep Humanidades 2011
 
22/03/2011 Terça-feira 14:00hs – auditório SôniaViegas – FAFICH
Palestra:Direitos intelectuais sobreconhecimentos tradicionais: cultura com aspas, cultura sem aspas.
 
23/03/2011 Quarta-feira 14:00hs  – Sala da Congregação – FAFICH
Oficina 1:“Manuela Carneiro da Cunha: leituras e debates”
Destinado a alunosda graduação e da pós, a oficina consistirá na discussão de sua obra e detextos de comentadores.
 
24/03/2011Quinta-feira 14:00hs – Sala de Teleconferências FAE
Workshop:“Cultura” com aspas
Debate com ManuelaCarneiro da Cunha especialmente solicitado por alunos indígenas do curso deFormação Intercultural de Educação Indígena, FIEI, aberto ao público em geral
 
25/03/2011Sexta-feira 14:00hs – Auditório Sonia Viegas FAFICH
Workshop: Identidade,Etnicidade e Conservação Ambiental
Com Mauro de Almeida
Debate aberto aopúblico com Manuela Carneiro da Cunha e Mauro de Almeida sobre a contribuição dosautores para o entendimento e a condução política da temática socioambiental.
 
28/03/2011Segunda-feira 14:00hs – Auditório Prof. Bicalho – FAFICH
Workshop:Relações e dissensões entre saberestradicionais e cientifico.
Com Mauro de Almeida
Debate aberto aopúblico com Manuela Carneiro da Cunha e Mauro de Almeida sobre as convergênciase  os desacordos entre o conhecimentocientifico e saberes tradicionais.
 
29/03/2011Terça-feira 14:00hs – Auditório Reitoria
Grande conferência: “Por que conhecimento tradicional?”
Importância e diversidadedo conhecimento tradicional. Quais suas formas de evidencia, de validação, decirculação? Quais as relações que deveria ter com o conhecimento científico?
 
30/03/2011Quarta-feira 14:00hs – Auditório Prof. Bicalho – FAFICH
Oficina 2:Manuela Carneiro da Cunha: leituras e debates
Destinado a alunosda graduação e da pós, a oficina consistirá na discussão de sua obra e detextos de comentadores.
 
31/03/2011Quinta-feira 14:00hs – Auditório Prof. Bicalho – FAFICH
Workshop:Olhares Indígenas
Sessão abertadestinada à conversação com Manuela Carneiro da Cunha sobre produção teóricapara a Etnologia brasileira.
 
01/04/2011Sexta-feira 14:00hs – Sala da Congregação FAFICH
Rodaviva: Conversando com Manuela Carneiro da Cunha
Sessão aberta aopúblico destinada à conversação com Manuela Carneiro da Cunha sobre suacarreira acadêmicaManuela Carneiro da Cunha na UFMG
CátedraIEAT Fundep Humanidades 2011
 
22/03/2011 Terça-feira 14:00hs – auditório SôniaViegas – FAFICH
Palestra:Direitos intelectuais sobreconhecimentos tradicionais: cultura com aspas, cultura sem aspas.
 
23/03/2011 Quarta-feira 14:00hs  – Sala da Congregação – FAFICH
Oficina 1:“Manuela Carneiro da Cunha: leituras e debates”
Destinado a alunosda graduação e da pós, a oficina consistirá na discussão de sua obra e detextos de comentadores.
 
24/03/2011Quinta-feira 14:00hs – Sala de Teleconferências FAE
Workshop:“Cultura” com aspas
Debate com ManuelaCarneiro da Cunha especialmente solicitado por alunos indígenas do curso deFormação Intercultural de Educação Indígena, FIEI, aberto ao público em geral
 
25/03/2011Sexta-feira 14:00hs – Auditório Sonia Viegas FAFICH
Workshop: Identidade,Etnicidade e Conservação Ambiental
Com Mauro de Almeida
Debate aberto aopúblico com Manuela Carneiro da Cunha e Mauro de Almeida sobre a contribuição dosautores para o entendimento e a condução política da temática socioambiental.
 
28/03/2011Segunda-feira 14:00hs – Auditório Prof. Bicalho – FAFICH
Workshop:Relações e dissensões entre saberestradicionais e cientifico.
Com Mauro de Almeida
Debate aberto aopúblico com Manuela Carneiro da Cunha e Mauro de Almeida sobre as convergênciase  os desacordos entre o conhecimentocientifico e saberes tradicionais.
 
29/03/2011Terça-feira 14:00hs – Auditório Reitoria
Grande conferência: “Por que conhecimento tradicional?”
Importância e diversidadedo conhecimento tradicional. Quais suas formas de evidencia, de validação, decirculação? Quais as relações que deveria ter com o conhecimento científico?
 
30/03/2011Quarta-feira 14:00hs – Auditório Prof. Bicalho – FAFICH
Oficina 2:Manuela Carneiro da Cunha: leituras e debates
Destinado a alunosda graduação e da pós, a oficina consistirá na discussão de sua obra e detextos de comentadores.
 
31/03/2011Quinta-feira 14:00hs – Auditório Prof. Bicalho – FAFICH
Workshop:Olhares Indígenas
Sessão abertadestinada à conversação com Manuela Carneiro da Cunha sobre produção teóricapara a Etnologia brasileira.
 
01/04/2011Sexta-feira 14:00hs – Sala da Congregação FAFICH
Rodaviva: Conversando com Manuela Carneiro da Cunha
Sessão aberta aopúblico destinada à conversação com Manuela Carneiro da Cunha sobre suacarreira acadêmica

 

ManuelaCarneiro da Cunha é uma antropóloga luso-brasileira. É consideradauma das mais importantes antropólogas da atualidade. Suas pesquisasmarcaram profundamente a antropologia feita no Brasil e tiveramgrande impacto político, ajudando, por exemplo, a consolidar osartigos da Constituição de 1988 que tratam dos direitos dos índiosà terra.
Seustemas de pesquisa são variados, mas tem em comum uma atenção àspopulações indígenas e tradicionais. Sua contribuição mais fortefoi para a Etnologia Indígena, em especial para os índios Krahó.Escreveu sobre Antropologia Histórica, tratando de escravos libertosna Bahia e brasileiros na Nigéria no século XIX. Escreveu sobre aHistória dos Direitos Indígenas no Brasil e organizou umaimportante publicação sobre História Indígena e do Indigenismo noBrasil. Editou uma enciclopédia sobre Conhecimentos de Seringueirose Grupos Indígenas no Alto Rio Juruá. Escreveu sobre DireitosIntelectuais de Populações Tradicionais na esfera internacional.Atualmente, Manuela Carneiro da Cunha trabalha sobre o ConhecimentoTradicional e o Direito Intelectual de Povos Indígenas. Tambémpesquisa os mecanismos sociais responsáveis pela agrobiodiversidadeno médio Rio Negro.
ManuelaCarneiro da Cunha é Bacharel em Matemática pura pela Facultédes Sciences,Paris (1967). Depois de formada foi aluna de Claude Lévi-Strauss.Doutorou-se pela Universidade Estadual de Campinas (1975) ondeensinou por onze anos e foi a seguir professora titular daUniversidade de São Paulo. Foi full professor da Universidade deChicago a partir de 1994, instituição da qual se aposentou em 2009.

 Foipesquisadora e professora visitante em várias instituições,nacionais e internacionais. Esteve no departamento de AntropologiaSocial da Universidade de Cambridge de 1981 a 1982. Em 1982 foidiretora de estudos visitante na Écoledes Hautes Études en Sciences Sociales.Em 1984 foiprofessora visitante no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Foi TinkerVisiting Professorna Universidade de Chicago 1990 e diretora de estudos visitante noLaboratoired’Anthropologie Socialedo Collègede Franceem 1991. É membro do Conselho Diretor do Programa de DireitosHumanos na Universidade de Chicago desde 1997. Foi professoravisitante na Universidade Pablo de Olavide, Sevilha em 2000. Noperíodo de 2001/2002 foi Fellowdo Centerfor Advanced Study in the Behavioral Sciences,em Stanford.

De1988 a 1992 dirigiu um projeto coletivo sobre História Indígena edo Indigenismo no Brasil, com financiamento da Fundação de Amparo àPesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP. Em 1988, criou o Núcleode História Indígena e do Indigenismo na USP, que dirigiu até1994. Foi Chefe do departamento de Antropologia na UniversidadeEstadual de Campinas – UNICAMP no período de 1982 a 1984 e Chefe dedepartamento de Antropologia na Universidade de São Paulo – USP, noperíodo de 1991 a 1993. De 1993 a 2000 co-dirigiu o projeto coletivointitulado "É possível populações tradicionais gerenciaremáreas de conservação? Um projeto piloto na Reserva Extrativista doAlto Juruá", com colaboração de 35 cientistas das áreasbiológicas e sociais além de cerca de 30 pesquisadores seringueirose indígenas, financiado pela Fundação MacArthur e pelo CentroNacional de Populações Tradicionais do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e Recursos Naturais – CNPT/IBAMA.
FoiPresidente-fundadora da Comissão Pró-Índio de São Paulo, em 1978.Presidente da Associação Brasileira de Antropologia – ABA, de 1986a 1988. Foi representante da comunidade científica no ConselhoDeliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico – CNPq, de 1988 a 1990. Foi membro do IAG, órgãoindependente de especialistas que monitorou o Programa de FlorestasTropicais financiado pelo PPG-7. Ingressou na Academia Brasileira deCiências em junho de 2002.
Em2007, em conjunto com Mauro W. B. de Almeida, recebeu o Prêmio ChicoMendes do Acre. Foiagraciada comaOrdem Nacional do Mérito Científico com a classe Comendador em2002. Recebeu a Médaille de Vermeil da Academia Francesa em 1993.Ganhou o Prêmio ANPOCS – Ford Foundation em 1985.
Apresença de Manuela Carneiro da Cunha na UFMG deverá incrementar asdiscussões transdisicplinares em curso nesta universidade medianteum aporte qualificado e de ponta da antropologia contemporânea. Alémde ser de altíssimo nível,  integra emseu trabalho reflexões teóricas de envergadura com considerávelmaterial empírico proveniente de diversas pesquisas etnográficas,bem como temas de interesse que dificilmente podem ser alocados emuma única fronteira disciplinar, tem tudo para significar umacontribuição efetiva para o IEAT. Mas não apenas para ele, postoque, como se verá a seguir no programa de atividades, este contemplaa realização de atividades que envolverão diferentes públicos, dacomunidade universitária como um todo, aos pesquisadores do Núcleode Etnologia em particular, passando pelos professores e alunos daFAFICH que têm afinidade com temas e discussões antropológicas epelos professores e alunos do Programa de Pós-Graduação emAntropologia.
Alémde dar seqüência à série de antropólogos e antropólogas dereputação mundial que a UFMG vem acolhendo nos últimos anos, apresença de Manuela Carneiro da Cunha na UFMG objetiva, entre outrascoisas, incrementar a antropologia que aqui se faz e aumentar suaatuação para além muros, ampliando o diálogo com áreas deatuação como a Educação Indígena, Direitos Intelectuais,Conservação Ambiental e Direitos Étnicos. A oportunidade de contarcom sua interlocução nas discussões sobre a implantação doNúcleo de Etnologia da UFMG será valiosa. O Núcleo pretendeconcretizar a transição no relacionamento com populaçõesindígenas, deixando de abordá-los apenas objeto de pesquisa evisando o estabelecimento de parcerias em projetos de extensão e depesquisa acadêmica. A experiência de Manuela Carneiro da Cunha foipioneira nesse sentido, com seu trabalho de criação de umaUniversidade da Floresta, no Acre.


 

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