Guarani Kaiowá na Tela

08/06/2011

GUARANI-KAIOWÁ NA TELA

Estréia dos documentários + debate com os realizadores:

À Sombra de um Delírio Verde
e
Mbaraká – A Palavra que Age

Dia 14 de junho, na FFLCH-USP (18h – sala 8)

Dia 15 de junho, na FD-USP (19h – sala dos estudantes)

 
O lançamento de dois documentários sobre o povo indígena de MS que vive uma batalha contra o agronegócio para recuperar suas terras tradicionais enquanto
luta para sobreviver aos assassinatos, suicídios e a fome.

SINOPSES:

 

Mbaraka – A Palavra que Age (26′ – 2011)

De Spensy Pimentel, Edgar Cunha e Gianni Puzzo

Sinopse: Os cantos dos xamãs guarani-kaiowa são fórmulas verbais que
têm uma ação sobre o mundo. Tradicionalmente, eles curam doenças,
afastam pragas da lavoura e bichos peçonhentos, anunciam a chegada dos
deuses. Eles não só preveem o futuro, mas o conformam. Hoje, esses
indígenas vivem em seu mundo uma crise sem precedentes. Confinados em
pequenas porções de terra e com os recursos naturais da região onde
residem totalmente degradados, eles se veem diante de um impasse: será
que suas palavras conseguirão conformar um mundo novo que reverta a
crise cosmoecológica por que passam
atualmente? Se a palavra pode ser história, mito e narrativa, entre os
Guarani-Kaiowá ela também é poesia e profecia: um canto de esperança
em um futuro melhor.

À Sombra de um Delírio Verde (29′ – 2011)

De Cristiano Navarro, An Baccaert e Nicolas Muñoz

Na região sul do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, a etnia
indígena com a maior população no Brasil luta silenciosamente por seu
território para tentar conter o avanço de poderosos inimigos. Expulsos
pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá
vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas
terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados
por multinacionais que, em acordo com governantes, apresentam o etanol
para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente corretoSem
terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma
epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de
subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em
exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível
limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do
Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e escravo. Em meio
ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar),
as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas
vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros.

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