No dia 11 de novembro a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri apresentará o debate ‘ A mineração em Paracatu, MG: um desastre ambiental iminente?‘.
Finalmente o tema vem à tona, e felizmente com as portas abertas da universidade.
Gostaríamos de sublinhar a importância deste evento, que não somente se afunilará no caso de Paracatu
(onde alertamos que, na verdade, o desastre ambiental JÁ ESTÁ ACONTECENDO),
mas também projetará as consequências das ações extrativistas que se iniciam em Conceição do Mato Dentro, Grão Mogol e Riacho dos Machados em Minas, e também apontará casos na Bahia e Pará entre outros exemplos.
Afinal, não se trata de uma questão de uma ou outra localidade isoladamente: acreditamos que trata-se da aplicação do direito difuso, quando todos são responsáveis pela manutenção de um ambiente sadio e humanamente sustentável.
Atualmente, nossos recursos naturais são negociados por políticos e outros espertos e saqueados por grupos internacionais; levam nossas riquezas para fora destruindo paisagens, diminuindo a qualidade de vida da população e tratando a água como recurso de valor econômico, esquecendo que ela é acima de tudo o bem imprescindível à vida.
Mais do que um debate, pretendemos iniciar um diálogo capaz de desdobrar uma rede mobilizadora que informe e dê subsídios críticos à sociedade, não apenas àquelas comunidades diretamente afetadas, mas também à formação de uma corrente consciente ambiental, humana e solidária.
A análise da realidade nos mostra que não podemos deixar a questão nas mãos do governo e do sistema econômico vigente sem assumirmos uma postura cidadã e, afinal, cobrarmos dos nossos representantes que eles tenham de legislar de acordo com a vontade e em benefício do povo, e não segundo suas vontades próprias e acordos escusos.
Sem o apoio de grupos econômicos e da grande imprensa, é importante que divulguemos ao máximo esta iniciativa para geração de mídia espontânea, a ponto de alastrarmos a ideia e atingirmos também os grandes centros urbanos.
Mais que isso: é importante a participação presencial!
Para que este debate se transforme em um diálogo, e que ele seja o pontapé inicial para uma reflexão coletiva sobre o futuro que nós queremos para Minas, para o Brasil, para o planeta. Para nossas vidas. Para a VIDA como um todo!