Mestre Joelson Ferreira observou que a permanência dos Tikmũ’ũn reside na multiplicação das suas crianças, as kakxop.

De acordo com dados do SIASI de janeiro 2024, nas 5 terras maxakali a população total é de 2.585 pessoas, com a seguinte pirâmide etária:

até 9 anos: 803 pessoas
10 a 19 anos: 813 pessoas
20 a 29 anos: 692 pessoas
30 a 39 anos: 253 pessoas
40 a 49 anos: 140 pessoas
50 a 59 anos : 76 pessoas
acima de 60 anos: 61 pessoas

Uma comparação gráfica entre as pirâmides etárias da população Tikmũ’ũn e da população das 4 cidades onde estão suas aldeias revela o quanto é baixa sua expectativa de vida.

Para que os velhos fiquem vivos e transmitam sua sabedoria e seus cantos aos mais novos é preciso enfrentar o desafio da soberania alimentar e hídrica.

As kakxop sabem disso e têm se tornado protagonistas das ações do Hãmhi: recebem as mudas nos viveiros, ajudam seus pais e os agentes agroflorestais nos mutirões de plantios, participam das ações de educação ambiental, acompanham suas mães nos viveiros e alertam para o perigo de incêndios no território.

Quando os carros do Hãmhi chegam, são acolhidos por elas que correm pelas estradas, com seus cantos, brincadeiras e sua barulheira entusiasta.

As kakxop semeiam vitalidade em seus territórios.

Fotos: equipe do Hãmhi
Gráfico elaborado por Wagner Y. Oda
Lab. Interdisciplinar de Saúde Coletiva – Unifesp

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