1º Congresso Intercultural da Resistência dos Povos Indígenas e Tradicionais do Maraká’nà (Coirem):

02/06/2014

Com o objetivo de unir e fortalecer os povos indígenas em torno de uma pauta unificada de luta, reconhecendo e dando visibilidade aos processos de opressão e genocídio desencadeados contra as minorias sociais, será realizado, entre os dias 4 e 9 de junho, o 1º Congresso Intercultural da Resistência dos Povos Indígenas e Tradicionais do Maraká’nà (Coirem), no Rio de Janeiro.

Resultado de iniciativa de diversos movimentos sociais, o Congresso busca ampliar a organização da comunidade indígena como movimento popular ativo e integrado aos demais setores oprimidos da sociedade. A partir do evento, pretende-se elaborar propostas de ações efetivas a fim de fortalecer a luta pela posse indígena dos seus respectivos territórios originários, assim como a autonomia de gestão dos povos originários frente aos países onde estes de encontram.

O ANDES-SN é uma das entidades que organiza e apoia o 1º Coirem. Na última quinta-feira (22), por meio da Circular nº 94/2014 (confira), o Sindicato Nacional encaminhou às Seções Sindicais e Secretarias Regionais informações sobre o evento. O 1º vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, Walcyr de Oliveira Barros, explica que as questões indígenas compõem a pauta de lutas do Sindicato Nacional, e o apoio dado pela entidade ao movimento indígena foi aprovado durante o 33º Congresso, realizado em São Luís (MA), em fevereiro. “Esta questão tem sido tema de debate político no Sindicato Nacional. O ANDES-SN reitera todo o apoio dado à questão indígena, tanto de ordem política quanto material, para este enfrentamento em defesa dos povos originários”, ressalta o diretor do ANDES-SN.

“A questão indígena faz parte da pauta de discussão do GTPAUA [Grupo de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental] e do GTPCEGDS [Grupo de Trabalho Classe, Etnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual] do ANDES-SN. Este tema tem sido amplamente pautado nos últimos Congressos e Conad do Sindicato Nacional, e envolve a própria forma de existir da universidade. Temos uma interface de natureza acadêmica e de ordem política, porque nas últimas décadas os povos originários têm sido atacados principalmente por conta da expansão e da própria reprodução lógica do capital”, acrescenta Barros.

O diretor do ANDES-SN destaca ainda o aumento da violência aos povos originários. “Os indígenas têm sido muito atingidos, várias etnias tem sido violentamente atacadas, o número de assassinatos no confronto diretamente com agronegócio e com megaempreendimentos cresce de forma absurda”.

A expectativa é que o encontro reúna representantes indígenas de toda a América Latina para compartilharem sua cultura, valores e experiências de resistência e preservação de seu modo de vida, que contribuirão para os objetivos do Congresso e na construção da primeira Universidade Indígena do Brasil. O 1º Corein contará ainda com a participação das Secretarias Regionais e Seções Sindicais do ANDES-SN, principalmente das regiões onde os conflitos têm sido mais intensos.

Programação

O evento contará com a realização de palestras, debates, mesas redondas, plenárias, oficinas, exibição de painéis e espaços de intercâmbio cultural. Informações sobre inscrições e programações estão disponíveis no site coirem.noblogs.org* ou podem ser obtidas na Secretaria Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, por meio do telefone (21) 2510-4242 ou e-mail: andesrj@andes.org.br.

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