Encontro reunirá educadores indígenas de Minas Gerais e do Espírito Santo

Belo Horizonte recebe, entre os dias 15 e 17 de agosto, os delegados eleitos nas etapas locais para a II Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena Etapa Regional Minas Gerais e Espírito, que tem como tema “O Sistema Nacional de Educação e a Educação Escolar Indígena: regime de colaboração, participação e autonomia dos povos indígenas”. O evento acontece no Hotel San Diego Mid, no bairro Itapoã.

Durante os três dias serão debatidos cinco eixos definidos pelos povos indígenas em suas reuniões locais, por meio de palestras e grupos de trabalho. A abertura oficial acontece às 14h e conta com a presença da secretária de Educação de Minas Gerais, Macaé Evaristo, e com representantes da Secretaria de Educação Continuada de Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (SECADI/MEC), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), de professores, alunos e lideranças indígenas e Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

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A II Conferência tem como objetivo avaliar os avanços, impasses e desafios da educação escolar indígena (EEI), a partir da I CONEEI (2009), além de construir propostas para a consolidação da política nacional de educação escolar indígena. Também objetiva reafirmar o direito a uma educação escolar indígena específica e diferenciada e bilíngue/multilíngue e ampliar o diálogo para a construção de regime de colaboração específico à educação escolar indígena, fortalecendo o protagonismo indígena.

No primeiro dia do encontro acontece a Mesa de Apresentação dos cinco Eixos Temáticos, coordenada por Welbe Tapeba, do Conselho Nacional de Educação Escolar Indígena. São eles: Organização e Gestão da Educação Escolar Indígena, que será conduzido por Célia Xakriabá; Práticas Pedagógicas Diferenciadas na Educação Escolar Indígena, por Kanatyo Pataxó; Formação e Valorização de Professores Indígenas, por Celeste Ciccarone (da Universidade Federal do Espírito Santo-UFES); Políticas de Atendimento à Educação Escolar Indígena na Educação Básica, por Augusta Mendonça, da subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, da Secretaria de Estado de Educação (SEE); e Educação Superior e Povos Indígenas, por Shirley Miranda, da UFMG.

De acordo com Carla de Paiva, da Coordenação de Educação Escolar Indígena da SEE, em 2009 foi realizada a I CONEEI com a finalidade de verificar e investigar as condições da educação escolar indígena em todas as regiões do Brasil, “para que novos rumos fossem tomados e que novas práticas educacionais fossem inseridas na realidade dos povos, uma vez que a educação escolar no Brasil não se enquadrava na realidade da educação escolar indígena”.
Durante a I Conferência, surgiu a necessidade de pensar novos rumos e diretrizes para que uma educação específica e diferenciada fosse instituída e para que as atividades indígenas fossem garantidas aos povos, como sistema próprio de educação escolar indígena, criação de um fundo nacional de educação escolar indígena e do Conselho Nacional de Educação Escolar Indígena (CONEEI) e a instalação de uma secretaria nacional de educação escolar indígena.
A II Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena foi organizada em três etapas: local, nas comunidades educativas; regional: Minas Gerais/Espírito Santo; e nacional, em Brasília. A plenária de encerramento acontecerá na quinta-feira (17/8) a partir das 15 horas.

Dados

O Estado de Minas Gerais conta com cerca , aproximadamente, 4.200 alunos indígenas. O Estado tem 17 escolas indígenas e duas turmas vinculadas a escolas não indígenas. O atendimento escolar indígena é feito em 64 endereços. As escolas estão localizadas em 11 municípios.

Confira a programação completa AQUI.

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